Fui convocada pela NASA pra trabalhar na estação espacial, e não fazia ideia do peso e da força que eram necessários para carregar o traje em gravidade lunar.
A missão foi curta, e ao voltar pra Terra, eu tinha certeza de que queria continuar trabalhando como astronauta. Oras, não era a minha profissão, mas tinha potencial.
Porém, depois de me readaptar ao solo terrestre, fiquei sabendo de boatos sobre a NASA que me fizeram desistir da carreira, pois envolvia sabotagem na nossa nave, para que fôssemos obrigados a ficar lá por tempo indeterminado.
Resolvi tirar férias na Itália, e descobri que uma prima estava morando lá há muitos anos (sem contar pra família toda, apenas aos mais íntimos) e decidi visitá-la. Quando a encontrei, ficou nítido o motivo pelo qual não era popular o conhecimento de que ela morava ali, pois vivia em um cenário (feliz, diga-se de passagem) de muito álcool e drogas.
Como era tudo legalizado, eu experimentei o que pude, aproveitei o ambiente livre de culpa e de julgamentos para ter experiências sobre coisas que ainda não conhecia. Tudo muito romântico e boêmio.
Só que nesse meio tempo, meu namorado - um cara MUITO fechado - também tinha ido na viagem, porém eu não percebi, e quando fui visitar minha prima, ele não foi junto e depois de um tempo começou achar estranha minha ausência.
Seus amigos o aconselhavam miseravelmente, dizendo que eu o estava traindo e cheirando cocaína - o que não era verdade, pois eu estava conhecendo apenas as drogas “leves”.
Em seguida, acabei levando todas pessoas importantes próximas a mim para conhecer o local de treinamento/plataforma de lançamento, com um fundinho de vontade de ser reconhecida.
Num desses passeios eu conheci a Pam (Jenna Fisher) e o Jim (John Crasinski) e fui agradecida pelos serviços prestados. Noutra oportunidade, acabei num evento de escritores e pensadores, oportunidade em que provei vinhos antiquíssimos enquanto líamos livros.
Não me recordo em que parte a Anitta aparece.
Lembram do meu namorado? Não concordava com metade das coisas que eu estava fazendo e, além de mal aconselhado, era um cara fechado que não sabia lidar com as situações a que era exposto e resolveu terminar comigo por mensagem de texto.
Eu não aceitei as SMS, pois não estava o evitando, como se isso tivesse sido sua justificativa por fazer o que tinha feito. Então simplesmente falei em sua cara que iria ignorar as mensagens e conversaríamos frente a frente, de forma que ele pudesse entender o que estava passando comigo - e funcionou.
Depois disso, compartilhamos todas as experiências: as drogas leves, os vinhos raros, as visitas a pontos turísticos e do meu breve trabalho como astronauta, as leituras, as companhias ilustres e a de nós mesmos.
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