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Mostrando postagens de julho, 2011

Sinta.

Marching Bands Of Manhattan - Death Cab For Cutie

Um jogo contraditório que nunca chega ao fim

Mesmo de olhos fechados podia senti-lo, Era distante e perto ao mesmo tempo. Fazia o que era certo, necessário. Era devagar e urgente, quente e úmido. Seus lábios faziam pressão sob os meus E quanto mais provava, mais queria. Queria tê-lo mais e mais. Mais para mim, mais por mim. Sei que isto é apenas o começo, mas quem sabe o começo chegou ao fim? E depois do começo vem o durante, o agora e o depois E o que quero para depois fica para quando chegar. A música tinha acabado, Mas com seu fim veio outra E outra, e outra. E aquilo tudo não acabava. Suas mãos em minha nuca, Necessidade de não ter espaço como nunca. E então desciam para as costas Me apertando contra si. E a necessidade não acabava, Mas o dia chegava ao fim. E com o fim, a partida. E com a partida, a chegada. A chegada traz o começo. O recomeço. E cada recomeço seria o melhor Mesmo que fosse o primeiro.

A yellow smile.

Tenho uma raiva profunda de quando alguém me diz o que fazer. Como elas não sabem do que sei, dou apenas um sorriso amarelo em "agradecimento" e acabo com o assunto. Mas o que elas não sabem é que eu observo. Os movimentos e os gestos, os olhares e as introspectivas. Os músculos se contraindo refletindo sentimentos ocultos. E mesmo assim sei que não poderei fazer nada. Afinal, é uma coisa minha e, sendo minha, a faço do jeito que bem intendo. Um sorriso amarelo a mais ou a menos para eles não fará diferença, pois então que venham e amenizem as coisas. É isso aí!

E então o arco-íris toma outra forma.

Aqueles feixes alaranjados de luz eram fortes que doíam aos olhos, apenas conseguia ver uma bola preta e ao redor o esplendor luminoso. A tal estrela de 5ª magnetude era surpreendente: às vezes deixa o céu extremamente azul com nuvens de algodão branquíssimas, às vezes era rosa, amarelo, claro ao meio dia, quente e também harmonioso.
A lua cumprindo seu papel de sol da meia noite.

Um instante qualquer

Assim como aquele verde grão brotando no meu quintal Seria a nossa amizade crescendo igual. E por mais que eu dissesse que não, algo surgia dentro de mim. Não era o tipo certo de sentimento, mas servia. Olhava em seus olhos e o que via me agradava: Havia meu reflexo e o rastro de seus pensamentos. E quanto mais ele me observava, Mais vontade eu tinha de me aproximar. Podia sim, ser estupidez. Mas de hipocrisia o mundo está cheio. Uma hora dizem que sim, Noutra dizem que não. Pois bem, vejam só: Serei feliz ou serei só eu mesma. Não me importa sobre o que você pensa, São só coisas banais a serem ditas. Sei que isso aqui não faz tanto sentido Ou o que não faz é rima. Eu ligo? Não, só quero me divertir Sem saber a hora de ir dormi.

Somos quem podemos ser

O tempo voa e não percebe, acho que não sabe que está fazendo as coisas erradas. Perde tempo olhando para o vago em frente à teve, deixa a água do balde transbordar enquanto pensa em inúmeras coisas que poderiam ser pensadas após desligar a torneira. Vai ao quarto atrás de alguma coisa mas quando chega lá esquece do que era... Ela vivia no mundo da lua, e enquanto sua cabeça viajava pelo espaço sabia que tinha alguém por ela, e que nela pensava alguém. Via horas iguais e queria aquele alguém que mais por ela era que si mesma, estava cansada da solidão de ser só um. Como será viver num mundo onde as pessoas agem com o coração e pensam com o cérebro, não impulsionadas pelo que a sociedade louca nos ensina, de fato? "Sabe, isso cansa, fingir que tudo está bem, que tudo é normal e que todos somos iguais. Dizem isso só de fachada, porque não olham nem no bolso nem na felicidade alheia." Cansava-se muito reclamando de coisas como essa e sabia que era errado e que devia parar. Rec

Velho ditado

Boatos de que nada na vida é descompassado. Deus é tão perfeito que, mesmo quando te fecha uma porta, abre outras duas. Basta procurar corretamente.  A natureza sempre porá algo para equilibrar. Só basta saber onde procurar.  

Um "encontro" inusitado

E então ela acordava assustada, respirando rapidamente sem compasso. Lembrava-se ainda perfeitamente daqueles olhos de jabuticaba profundos como um poço sem fundo, que nele podia ver seu reflexo. Sentou-se na beirada da cama e apoiou a cabeça nas mãos, tentando lembrar do sonho do qual acabara de sair. Era confuso e as cenas misturavam-se umas com as outras, tornando-o ainda mais embaraçoso. Mais tarde, quando encontrava-se imersa em seus pensamentos, um beija-flor novamente entrou em seu campo de visão. Desde aquele sábado remoto, onde vira um lindo e pequeno beija-flor colhendo mel das plantinhas vermelhas de sua mãe, sem falta, a visitava nos finais de semana. Mas isso não vem ao caso - não agora. Tentava repetidamente organizar as cenas do sonho, mas a noite fora longa e muitos sonhos faziam malabarismo em sua mente. Ela sabia apenas uma ordem: a final. Antes do grand finale acordou, que raiva. Por que é que sempre acontecia isso? Ela não sabia. Então tentou voltar à ultima

Epifania

Assim como Clarice Lispector, tive meus momentos de epifania - entende-se por epifania o momento em que mergulha em seus pensamentos e retorna à vida com uma nova forma de pensar. Costumava acontecer isso quando meus pais brigavam comigo - sempre fui muito teimosa e, até uns dois anos atrás, eu não sabia que eles é que terão a razão, estando eu certa ou não - e quando ia para o quarto passar o dia trancada de castigo (eu me trancava para não ter de encarar ninguém naquela situação) pensava, pensava, pensava. E então resolvia os problemas na minha mente, pingava os Is, cortava os Ts, ficava um longo tempo sem comer (não que fosse jejum, eu não era louca, no máximo greve de fome, o que aliviava um pouco a minha barra com a Mamãe) e então ia dormir. E por mais que tudo estivesse ruim, eu sabia que, ao acordar, estaria melhor, estaria tudo bem. Aquele clima de pós-briga podia permanecer no ar, mas eu não iria dar o braço a torcer. O rosto inchado do choro e as reflexões feitas durante o