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Mostrando postagens de setembro, 2011

A um passo da morte.

18 de Setembro de 2011 é um dos dias que mais... Mas não sei. Não sei mais. O que sabia foi apagado e alterado. Por apenas um pulo. Um passo. A um passo da morte. A um passo de Deus. O bondoso Deus. Que enviou seu anjo para me salvar. Mas tem alguma coisa faltando. As peças não se encaixam. Lembro-me bem. Bem como num sonho. O sonho que iria mudar minha vida. Que mudou. De agora em diante me chame de "A Menina que Sofreu o Acidente". Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Quando vale um passo? Um que as pessoas desperdiçam e nem sabem o valor; seja sentimental  ou real. Tolos. Tola. Sou tola.  Sou esquecida. Porque eu esqueci. Sim. Não me lembro do que aconteceu. As cenas que rodam feito uma novela em minha cabeça foram formadas. Foram formadas por mim e pelo relato dos outros. Tento imaginar os detalhes, usar a física e a química para reproduzir o acidente. Porque sou a menina do acidente, esqueceu? Mas não me conformo. Não aceito.

A um palmo da sorte.

Hoje é dia 19 de setembro/2011. Tudo, até do que me lembro, não passa de um sonho. O QUE FIZERAM COMIGO? Quem apertou pause e me colocou no chão com sangue e dores? Quem fechou meus olhos, quando os mesmos estavam abertos? Eu tinha a areia arranhando-os como prova disso. E que palavras tiraram de minha boca quando quis gritar (caso me lembrasse)? A areia que fiquei mastigando por mais de uma hora também é uma prova. Por que? Por que? POR QUE? São tantas palavras escondidas, tantas perguntas não respondidas e tantas ainda a se fazer. São tantas lágrimas a chorar. São tantas coisas a me conformar. A dor que vejo nos olhos de minha mãe quando me olha, esta sim, é incalculável. O esforço que ela faz para não me ver chorar (e o esforço que eu faço para não deixá-la me ver chorar), para me fazer sorrir, me fazer feliz. Ainda mais agora, na situação que nos encontramos. Tantos compromissos. Tantos papéis que provocam os cabelos brancos brotarem couro cabeludo afora. Por que ag

Um salto para o desconhecido

Já ouvi várias histórias: umas de que não aconteceu tal coisa e outras que sim, aconteceram tais coisas... Mas o que eu pergunto é: qual é a peça desse quebra-cabeça que sumiu? O que realmente aconteceu? Acordei pela manhã e fui ao espelho e a menina que estava refletida era uma outra que não eu. Como pude estar ali de pé, sã e salva, depois de tudo o que aconteceu? O QUE ACONTECEU? Não sei. Só sei que depois da minha aventura sem registro na memória tudo mudou. Desde o jeito que as pessoas me olham e me abraçam ao modo de eu sentar, nadar, sorrir e chorar. Nada mais é como antes. Tenho um Deus muito bom e forte em meu coração, um escapulário benzido no braço e um terço no pescoço (hm, cadê meu terço?). O impulso. O maldito impulso. Maldita corda. É inacreditável. Não era mais para eu estar aqui. Era para eu estar junto a Deus. Mas é Ele quem determina a hora de cada um. E isso me serviu de lição - eu espero. Ainda não consigo intender o que acont

O vento corre solitário lá fora

Vestígios de uma vida lá fora que pode ou não ter sentido enquanto os outros dormem. E foi neste estado de alegria súbita e inédita de uma outrora já (des)conhecida vi uma estrela cadente. Em minha mais pura surpresa, pensei nas superstições que nos moviam enquanto éramos crianças, que coloquei minhas mãos nos bolsos e fiz meu pedido. Por opção, quisera eu ter terminado de fazê-lo. Enquanto pensava "tenho que fazer um pedido antes que ela apague", apagou-se, tornou-se céu, poeira. Meu pedido ficou mesmo nos bolsos e no coração, onde esperava eu que alguém superior ao momento ouvisse. Devera devia ter feito logo o que viesse à cabeça. Mas pergunto-lhe: O que realmente é digno de ser pedido? Digo que não sei. São tantas coisas a pedir, a ganhar que perco-me na escolha. O fato é: não pense, fale. Fale à toa, deixe chegar à tona o que seu interior quer expor. O mundo em sua plenitude finita não teve escolha senão abrigar-nos para que pudéssemos, aos poucos, destruí

Da estrada às estações

Soa meio estranho Mas quando quero, barganho. Soa meio quadrado Aquilo que desagrado. Pode parecer bobagem Mas o que digo é verdade Àquele que tem coragem: Crer na pura divindade. Voa sem sair do chão Flutua sem levitar Na palma da minha mão Indo aonde quer chegar. E digo: abra os olhos Para aquilo que te proponho São poucos os que enxergam Na luz da lua de outono Ou no inverno onde hibernam.

Aquele outrém desejado

Naquele bom sonhar Estrelas desejava tocar Às constelações viajar E quem sabe o que lá encontrar Pelo meu terno e brando Melhor sentimento ofereço Pois sou quem quero enquanto canto As mil maravilhas entono Em minha cama quando padeço.

Feliz Daquele

Feliz daquele que amou e foi amado, que sofreu e foi amparado no momento de sua dor.. Libertando-se de qualquer sentimento de amargura, irradiando apenas a felicidade. Cuidando com carinho de todos aqueles que estão ao seu lado. Ignorando e perdoando os erros e falhas de pessoas amadas, dando o seu coração em troca de uma amizade ou amor, ambos sinceros e eternos. São essas pessoas que nos ensinam que amor, quando verdadeiro, nem sempre é recíproco, mas mesmo assim, é vivido intensamente, e realmente, nos ensina a saber viver.. Hallana Espindula