Vinha cá pensando com meus botões: mamãe adoça tanto a vida que até amarga. Ela tem a infeliz mania de gostar de fofoca, mesmo aquela mais sutil, e de colocar em excesso óleo e açúcar na comida que prepara. Além da necessidade constante de querer elogios. Pareço-me demais com ela e isso me torra a paciência! Eu, que me achava a ovelha negra, a rebelde, a bocuda, sou ela purinha, às vezes até obsoleta. Da mania por limpeza ao gosto por doces, sou minha própria mãe.
Momentos íntimos com a minha psique.