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Mostrando postagens de 2016

Breve nota sobre uma quinta-feira.

Um rapaz corria na rua, catou uma pedra e jogou no portão. Não viu ele a mancha que tinha no asfalto, as pessoas de carro ou os clientes na lanchonete da esquina. A mancha é um cãozinho atropelado há semanas; as pessoas de carro, numa discussão por motivo fútil; os clientes comendo batata frita. Mas o rapaz não ligou para nada disso, uma vez que sequer os notou, queria ele apenas se livrar do estresse do trabalho, correr sem pensar mesmo - tanto que jogou a pedra - e só parar quando a música no fone acabar. O rapaz tinha lá seus 20 e poucos anos, trabalhava se segunda à sexta, estudava à noite e jogava bola nos finais de semana. No auge da vida, mal começou ser adulto, não tinha planos concretos para o futuro. Porém o que importa? O dono da casa qual ele jogou a pedra no portão não apareceu para reclamar e tão pouco isso tinha acontecido, o rapaz já estava há quadras dali.

Tempo, seja meu amigo

O dia nasce feliz, mas não nós por termos que acordar cedo. Anda tudo tão corrido que, me pego dizendo não ter tempo ao tempo. Mas como não ter tempo? Temos 24h todos os dias e ainda assim é insuficiente. VINTE E QUATRO horas. Pego-me pensando no que a contagem do tempo significa, ao final muita coisa e nada. Tempo é unidade de medida, é prazo, estações, divisão em meses, horas, minutos, segundos, dias que passam rápido e dias que passam devagar. A cada tecnologia inventada para facilitar a vivência do ser humano, perde ele algo intrínseco ao seu ser, como o olho-a-olho ou mesmo, para quem não é da área, o contato com os números. Vamos nos cercando de modalidades de aparelhos, equipamentos, acessórios, e perdendo, com o tempo, saberes, humores e o próprio tempo. "Tempo, tempo, tempo, tempo, vou te fazer um pedido." Enquanto aqui escrevo, suprimo meu sono, numa tentativa de elucidar minha mente e expô-la a mesmo ninguém, pois afinal, com tantas redes sociais, quem é

Nadei e morri na praia.

Vinha cá pensando com meus botões: mamãe adoça tanto a vida que até amarga. Ela tem a infeliz mania de gostar de fofoca, mesmo aquela mais sutil, e de colocar em excesso óleo e açúcar na comida que prepara. Além da necessidade constante de querer elogios. Pareço-me demais com ela e isso me torra a paciência! Eu, que me achava a ovelha negra, a rebelde, a bocuda, sou ela purinha, às vezes até obsoleta. Da mania por limpeza ao gosto por doces, sou minha própria mãe.