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Mostrando postagens de agosto, 2023

Suddenly I see

 Chegaram em casa, com a vontade de assistir a um “filme de garotas”, pois, afinal, era sábado à noite. O filme em questão é aquele que, nas palavras de Gabi, tem uma música da Lizzo enquanto a personagem principal - que fez Jane, the virgin - cantando na cozinha. Barb também não lembra o nome, mas isso não é importante, porque a memória virá no momento certo. O que importava era o desejo de Barb de ver um episódio de Insecure antes do filme, posto que as duas passaram o dia inteiro se entreolhando e comentando apenas “e a Molly, hein?!”. Diga-se de passagem que não assistiram a apenas um, mas a dois episódios, porque afinal de contas é impossível consumir um único pedaço de Insecure - é bom demais, pede bis. Contudo, antes mesmo do play, Gabi relembrou a irmã que haviam comprado morangos congelados da promoção, e que, por ser um sábado longe dos perigos noturnos, mereciam uma vitamina caprichada com banana. Acontece que a essa ideia foi acrescentado álcool. Gabi, como quem não quer na

sobre leitura

Minha mãe é professora, e meu pai era policial. Ambos valorizavam muito a educação como forma de vencer na vida, a exemplo da história deles. Certa vez, buscando incentivar a leitura em nós (Barb e eu), pra que isso levasse ao gosto pelo estudo, papai nos levou à Biblioteca Monteiro Lobato e deixou que cada uma escolhesse um livro pra levar pra casa. Obviamente eu escolhi gibi da Mônica, porque eram inacessíveis pro nosso contexto econômico. Papai deixou. Porém, na próxima vez que nos levou lá, fui seca nos gibis novamente. Ele disse que eu poderia ler um pouco lá na biblioteca mesmo, mas que para levar pra casa eu deveria escolher algo diferente. Então, comecei a passear pelas prateleiras, analisando tudo o que tinha ao meu alcance, até encontrar um livro perfeito pra ler naquela semana. Fiquei namorando um livro enorme e cheio de fotos de Shakespeare, mas como ele tinha um número considerável de páginas (informação importante pra Gabi criança) eu pensava nele como uma meta - quando e

Amor e ódio

  Penso em cultivar o amor, como o verbo sublime, em todas as relações.  Assim, quando surge uma adversidade, eu escolho o caminho do amor. Houve situação em que, pautada por esse sentimento, não escolhi lados, porque acredito que amor mal resolvido vira ódio. No entanto, seguindo essa premissa, numa nova situação que ocorreu com pessoas próximas a mim novamente, minha conduta foi respondida com ódio e com violência. Eu compreendo que isso diz sobre quem a pessoa é, e não sobre mim, revelando o conteúdo de si mesmo que até então estava escondido. Fazer a separação entre o algoz e eu foi relativamente fácil, apesar dos dias que foram consumidos para digerir essa situação. O que me espanta até hoje é o comportamento dos amigos em comum que não foram envolvidos diretamente nessa situação, mas que escolheram seus lados - o lado da violência. Pessoas por quem eu tinha estima pensaram por bem aceitar a violência contra a mulher.  Agora eu me encontro refletindo sobre essas situações se trata