Estava eu à beira de precipício: eu mesma. Estava em confronto mútuo com meus princípios, defeitos e qualidades. Para que tudo isso? Para mudar. Não forçadamente, mas sim, naturalmente, como respirar. É consequência de viver. É nesta gélida madrugada que meus pensamentos afloram-se e me cercam. Me provam e me circundam. Me testam, perguntam-me "é isto o que quer?" "era disto que falava?" "é essa a mudança que tinha previsto?" Cobranças. Só deviam existir de forma construtiva. As conversas vão se agrupando ao meu redor e me mostrando o que poderiam ter se tornado. Brincadeiras, joguinhos, mentiras, amor e traição. Se tudo isso é possível, por que não? A escolha é própria. Assim como seguir ou não conselhos. Respeitar os mais velhos ou ao trânsito. Mas sempre há o meio termo. Desde o fim da Idade Média há este bendito. Bem-dito. Meia-noite. A lua brilha como se fosse o sol da madrugada. Sinto frio e me encolho. O vento bate às minhas costas e ba
Momentos íntimos com a minha psique.