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Esse não tem título.

 Relacionamentos são difíceis.

Durou quase uma década, mas vai chegar ao fim.

Isso parece muito resoluto, apesar de eu deixar as portas abertas.

Mas tem uma dor que dói demais, uma dor que não consigo suportar a ideia de vir a sentir no futuro.

E como lidar com isso? Como lidar com uma dor que ainda nem chegou? O medo da dor paralisa, porque já juntei muitos cacos, e na próxima vez serão tijolos em seu lugar. Pesado.

Então eu, um ser buscando a lucidez, tenho consciência do quanto sofri e, independente de uma aparente mudança, não consigo me entregar (apesar de sentir e querer muito) sem considerar o que já sofri.

Compartilhar desses comportamentos novos, afetuosos e calorosos era tudo o que eu queria - há um tempo. Eu queria poder me entregar (cegamente) sem ter que considerar o ciclo vicioso que foi criado; sem precisar considerar que depois da lua de mel vem o marasmo.

Eu queria viver em lua de mel pra sempre, idealisticamente. Encontrar olhares só meus, um momento só pra mim, o choque da conexão quando as peles se tocam. Mas essa lua de mel já vem com prazo final marcado.

E eu não quero marasmo. Não enquanto compartilho minha vida com alguém.

Minha vida foi feita pra ser vivida a dois, mas dois inteiros, e não duas metades. 

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