Esse sentimento é completamente novo.
Eu não esperava aprender a sobre ele agora, mas é por causa dele que eu entendo estar lidando com outros - e crescendo junto.
Tô aprendendo sobre ser paciente, sobre ser empática, sobre separar o que é meu e o que é dele, sobre o que eu POSSO FAZER naquele momento.
Papai tem sido uma fonte de desafios, constantes, diários, e pude perceber no tamanho da quantidade de situações a que ele me expõe. Mas eu insisto, eu persisto, eu insisto.
O que é dele, é dele. E o que é meu, é meu - e eu quero sempre mais sobre mim. Eu quero aprender a lidar com as minhas falhas, eu quero melhorar o meu comportamento, quero aprimorar meu pensamento, e isso não é sobre mais ninguém, é sobre eu me sentir bem com quem eu sou e aprender a viver da melhor forma que eu conseguir.
Obrigada, meu pai, por repetir seu ciclo de comportamentos repetitivos. Obrigada por ter opiniões tão diferentes das minhas, que as vezes eu entendo melhor ficar calada do que discutir. Eu sou grata a você porque com base nas suas opiniões rígidas eu aprendi que não preciso mudar o que os outros pensam.
Obrigada, papai, por me fazer entender uma pessoa paciente (do meu jeito) e que por causa disso eu sou capaz de continuar construindo uma relação com você.
Com as suas repetições eu aprendi sobre o egoísmo, sobre a responsabilidade afetiva, sobre o que eu posso fazer pelos outros no dia de hoje. Eu aprendi quais são os meus limites, e o tamanho de cada um.
A você, por me submeter a situações conflitantes, eu sou grata, porque aprendi a me conhecer (e reconhecer) e adquirir inteligência emocional. Eu me sinto cada vez mais capaz, cada vez mais pronta, e cada vez mais dona de mim. Obrigada.
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