Pular para o conteúdo principal

Acho que estou crescendo, sabe?

"Na falta do que fazer fui procurar minha opinião própria. É, deixe-me te explicar: ouvia tanto umas pessoas falando de outras, disto e daquilo que não tinha certeza se era fato ou boato.
Na realidade, eu queria me sobressair, sim, daquelas meninas fúteis e descoladas que tanto via na rua. Eu não podia ser igual a elas. Queria ser o que os meninos gostam de verdade e queria ser para mim. Foi interessante, mas ainda não descobri quem sou. Falta-me dinheiro. Claro que sim! Não tem como definir personalidade com as roupas que tua mãe compra pra ti.
Aos poucos fui me moldando, aprendendo umas coisas aqui, algumas ali, me adaptando a uma nova forma de olhar e compreender e até mesmo entender as coisas. Passei a estudar mais, organizar meu tempo, ouvir músicas diferentes até perder meu mp3, filmes mais inteligentes, livros, tentar me socializar com amigos 'novos'.
Foi difícil, ainda é. Não cheguei ao resultado e não sei se chegarei a tempo ou se é lá que há tempo pra isso. Agora eu ando groove, experimentei e é hora de analisar. É claro que errei bastante. Cometi gafes socialmente, vacilei com alguns amigos e inclusive namorado, perdoado tudo foi, só não posso deixar de aprender com isso. Afinal, o que todos querem na verdade não é pedir para ser chamado de adulto. O que querem inconscientemente é um elogio (inesperado) deste."

Comentários

Índia disse…
Eu tenho 30 e a cada dia me surpreendo com a capacidade que eu tenho de aprender e reconheci que estou em constante transição. Mudo de ideias, de gostos, rechaço o que amava há segundos. A gente se descobre cada dia e é um processo até a morte. Às vezes me questiono: será que não é tarde pra isso? Não vou passar por ridícula? Mas o meu coração responde: a vida é dinamismo, é experimentar, é descobrir, se redescobrir. A gente tem mais é que ser feliz e se deslumbrar com a vida como uma criança que acaba de ganhar um brinquedo tão desejado. Importante: fazer uso do livre arbítrio SEMPRE.

Viva!

Postagens mais visitadas deste blog

:)

sobre leitura

Minha mãe é professora, e meu pai era policial. Ambos valorizavam muito a educação como forma de vencer na vida, a exemplo da história deles. Certa vez, buscando incentivar a leitura em nós (Barb e eu), pra que isso levasse ao gosto pelo estudo, papai nos levou à Biblioteca Monteiro Lobato e deixou que cada uma escolhesse um livro pra levar pra casa. Obviamente eu escolhi gibi da Mônica, porque eram inacessíveis pro nosso contexto econômico. Papai deixou. Porém, na próxima vez que nos levou lá, fui seca nos gibis novamente. Ele disse que eu poderia ler um pouco lá na biblioteca mesmo, mas que para levar pra casa eu deveria escolher algo diferente. Então, comecei a passear pelas prateleiras, analisando tudo o que tinha ao meu alcance, até encontrar um livro perfeito pra ler naquela semana. Fiquei namorando um livro enorme e cheio de fotos de Shakespeare, mas como ele tinha um número considerável de páginas (informação importante pra Gabi criança) eu pensava nele como uma meta - quando e...

É assim

Meninas olham todos os aspectos de um menino, mas o que notam/desejam primeiro sãos os olhos, a feição. Porque é isso que importa: o que ele tem a oferecer a você. O corpo e afins são só o ônus disso tudo.