Se não fosse a natureza, eu surtaria Na era da tecnologia, contando as cinco horas diárias que eu passo fazendo nada no telefone, tendo dificuldade pra fazer uma meditação guiada (pq eu sozinha com a minha mente não consigo voltar pro presente), se não fosse a natureza e a meditação contemplativa, eu surtaria Passarinhar é um verbo que eu gostei assim que conheci, que significa admirar ouvir e buscar os passarinhos e aves daquele local. Tem muita árvore na minha casa e eu recebo diversas visitas. Me familiarizo com algumas espécies pela cor da plumagem ou pelo canto que fazem, apesar de não ter sido apresentada formalmente. Isso me salva de me perder no vazio raso que as redes sociais me oferecem. Ser natureza me mantém viva.
A autenticidade é um exercício que demanda coragem. Coragem pra ser quem é, pra assumir e ressoar a versão que você quer sobre si mesma. Tem coisas que gritam lá no fundo da consciência, mas pelo comodismo a gente acaba deixando de lado - e pra isso é preciso coragem, pra trazê-las à superfície. Se ninguém é igual, se cada experiência é única, se cada beleza é individual, e eu não estou mostrando o melhor de mim, pra qual planeta/existência eu tô me guardando? Quando eu era criança, admirava algumas pessoas adultas que apareciam na minha vida, uma pelo modo descontraído de se vestir, outra pelo gosto musical diferente do que eu havia vivenciado, ou então pelo jeito diferente de agir. E hoje eu entendo que, colocando o orgulho de lado, é o nosso jeitinho que nos torna especial, como a forma como eu estendo roupa no varal, ou o jeito que seguro a caneta ao escrever. São nossos detalhes que nos tornam únicos. Mas, também, venho entendendo que ser adulta consiste no equilíbrio entre s...